quinta-feira, 14 de maio de 2009

food design exposição

se ficaram interssados vão a:  www.swissinfo.ch    e procurem notícia de 20 de Abril de 2009


Acreditam que já existem exposições de food design?!

"Comer com os olhos"

food design

"Como uma receita composta de vários ingredientes, o design também passa pela combinação de elementos de diversas ordens (materiais, tecnológicos, culturais, pessoais, artísticos), unidos num objecto, ideia ou experiência."

Na revista Única de 10 de Abril de 2009 vinha uma notícia sobre design com comida! A ideia destes designers é a de reinventar os alimentos
 e o acto de comer. Não se trata unicamente de uma questão de embelezamento, pois a graça ou o gosto não estam só naquilo que saboreamos, mas também na forma como o fazemos. E isto parece conceptualmente muito interessante. 
Porém, será que o food design não existe já há muito tempo? Só que talvez não tivesse sido teorizado ou questionado dessa forma. Mas facto é que há já algum tempo que se assiste a um certo cuidado e a uma certa selecção na forma de com
er e no que comer, tanto pelo aspecto cuidado como pela originalidade de apresentação. Lá está: os olhos também comem, e de que maneira!
Apesar de tudo, a forma como aparece defendido por alguns designers "praticantes" parece coerente e convincente. Não se assumem como cozinheiros, pois não trabalham as questões do paladar, mas sim como construtores de "objectos que negam qualquer referência à cozinha, à tradição e à gastronomia", como diz Marti Gixé, catalão, à revista Única.

O conceito de food design tem-se espalhado pelo mundo. Em Portugal os designers Fedrico Duarte, Rita João e Pedro Ferreira lançaram um livro "Fabrico Próprio"; e a designer Sandra Neves desenvolveu o projecto "Gostar de Comer" que junta food design ao design inclusivo.

Será correcto chamar-lhe design?? Conceptualmente parece bastante interessante, mas será que o design não se perde nesse conceito? Será essa comunicação eficaz? 

Se encontrar mais alguma coisa interessante sobre isto publico aqui, até pode ser que chegue a alguma conclusão!!!!

Peter Behrens e o Werkbund

Arquitecto alemão, Peter Behrens nasceu em 1868, em Hamburgo, e faleceu em 1940. 
Dos seus trabalhos destacam-se os concebidos para a AEG (Companhia Eléctrica Geral). Foi em 1907. O director da AEG nomeia Behrens consultor artístico da empresa, passando este a ser reponsável pelos projectos de edifícios, de equipamento, de peças industriais (candeeiros e cadeiras) ou de produtos gráficos (logótipos, papéis de carta). Merecendo a reputação de primeiro designer industrial e primeiro a criar uma cultura de identidade corporativa Esta situação permite-lhe desenvolver a aspirada relação entre arquitectura, desenho e indústria, o que o transforma num dos profissionais mais interessantes na Alemanha desta época. O seu trabalho mais importante para esta empresa foi precisamente um conjunto de edifícios fabris, dos quais se destaca a Fábrica de Turbinas, onde utilizou livremente as novas possibilidades técnicas, acentuando o cont
raste entre o betão enquanto suporte e o vidro enquanto preenchimento. 
Neste período, Peter Behrens contou com a colaboração de Le Corbusier, de Walter Gropius e de Mies van der Rohe, tendo exercido grande influência na formação destes jovens arquitectos.






Entre 1911 e 1912 executou projectos para o edifícios de escritórios da Mannesmann-Rohrenwerke, em Dusseldorf e para a Embaixada Alemã em São Petersburgo.
Após a Primeira Guerra Mundial, entre 1920 e 1924, realizou parte do complexo de edifícios da fábrica de produtos químicos IG-Farben, em Hochst, no qual se salienta o vestíbulo de entrada, coberto por uma cúpula prismática. 
Entre 1922 e 1927 foi director da Academia das Artes de Viena, sucedendo a Otto Wagner. 
Neste ano desenhou uma casa com terraço para integrar a exposição Werkbund, no bairro Weisenhof, em Estugarda. Esta a
ssociação de artesãos ingleses e alemães, era formada pelos arquitetos Hermann Muthesius e Henry van de Velde inspirada nos ideais de Walter Gropius. A Deutcher Werkbund pregava o renascimento das artes industriais a partir de uma colaboração entre designers e engenheiros. Onde apoiavam também a máxima de Gropius que dizia que a forma seguia a função e de que todo o ornamento deveria ser abolido.A Werkbund contribuiu, pela sua indústria, para a reconhecimento internacional da arte e da técnica alemãs, retirando à Grã-Bretanha a liderança industrial mundial. Não se demitindo das prerrogativas produtivistas, a Werkbund queria demonstrar que era possível atingir um elevado nível de qualidade na produção industrial, reconhecendo no design a inteligência e na máquina uma formidável ferramenta de trabalho.





"Na tecnologia eléctrica não se pode mascarar as formas com adições decorativas, porque a tecnologia eléctrica é uma nova área, devemos encontrar formas que representem o novo carácter da tecnologia."

Peter Behrens

Bauhaus no IADE sem preconceitos!



A Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitectura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933, na Alemanha.
Esta escola foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado o Modernismo no design e na arquitectura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.

Apesar de ter passado por diversas alterações, o ensino na escola baseava-se na crença de que este, apoiado nos seus métodos tão próprios seria responsável pelas principais alterações nas artes e no design. Um dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes e produzindo artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, assim como a produção industrial e o desenho de produtos.

O Vorkurs era o curso preparatório. Tratava-se de um curso exigido a todos os alunos.

 Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizagem, pois acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado, isto é, sem ideias pré-concebidas. Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar as suas criações.


Assim, no ambito da nossa aula com o professor Salomão, tivemos uma experiência estilo Vorkus-Bauhaus!

Um dia destes chegamos à aula e tinhamos um monte de jornais do dia em cima de uma secretária. No quadro podia ler-se, pela mão do professor: "Volto em 20 minutos. Façam Design!".

Assim foi: cada um de nós pegou nos jornais e noutros materiais que o professor pedira previamente, tipo canetas de filtro, lápis, pastéis, fita-gomada, etc, etc, e pusemos mãos à obra! E voilá!


Cada um de nós retratou uma experiência única com aqueles materiais e com uma ideia específica e nunca desinteressante em termos visuais e de inovação. No entanto, o professor chegou e percebeu que a maioria dos seus alunos daquela turma tinha efectivamente muitíssimos preconceitos em relação ao que é fazer design. Eu seria uma entre eles! Pois tentei fazer uma espécie de maqueta para um cadeeiro que me pareceu interessante. Outros colegas fizeram também objectos tridimensionais e até em duas dimensões (onde se aproximariam do objectivo...), mas estes também sem as relações necessárias ao exercício que viemos então a descobrir.

Se não vejamos: o que tinhamos nós? Jornais! ok. E o que tinham esses jornais em comum?? Eram todos do mesmo dia. Certo. Então para fazer Design o que seria mais interessante fazer?


Pegar nesses jornais e facilitar a leitura da informação do dia! Obviamente que fariamos uma triagem da informação comum a todos eles e, portanto, mais pertinente e depois criar uma linguagem interessante para a leitura e comunicação dessa informação, tornando-a, claro, o mais agradável possível.


E assim, alguns colegas atingindo o objectivo, outros não, entendemos os fundamentos da Bauhaus nas suas aulas de iniciação e partimos a partir de agora para uma concepção tão isenta quanto possível de pre-conceitos dos nossos objectos de design; partindo das coisas mais simples!

Comunicação Intuitiva!!

Hi!!!
Encontrei uma notícia que achei super ineressante! Já ouviram falar de Solveig?? É uma criança, uma menina de 10 anos, inglesa, que anda a fazer arte pelas ruas. Ela faz pinturas nas paredes...É hiper interessante em termos visuais, mas parte das coisas mais simples, da sua versatilidade e ingenuidade en quanto criança que é.
Ela diz "comecei a ver pessoas a pintar e perguntei se podia experimentar"! A arte dela é muito intuitiva, instintiva quase. Comunica por necessidade e por interesse...
Esta questão pareceu-me mesmo pertinente. A q
uestão da comunicação ser uma necessidade e de nos podermos apoiar nas coisas mais simples para transmitir uma ideia.

vejam: http://difmag.com/DIF_66.pdf _ pág 54


Ah! Outra coisa, é que tudo isto está estritamente relacionado com aquela aula que demos sobre a Bauhaus, na aula de História da Teoria do Design, lembram-se colegas?? É que esta menina comunica sem ideias pré-concebidas. Ela parte de uma tábua rasa para a concepção de objectos de comunicação que comunicam, simplesmente o essecial!
Think about it!