quinta-feira, 14 de maio de 2009

Peter Behrens e o Werkbund

Arquitecto alemão, Peter Behrens nasceu em 1868, em Hamburgo, e faleceu em 1940. 
Dos seus trabalhos destacam-se os concebidos para a AEG (Companhia Eléctrica Geral). Foi em 1907. O director da AEG nomeia Behrens consultor artístico da empresa, passando este a ser reponsável pelos projectos de edifícios, de equipamento, de peças industriais (candeeiros e cadeiras) ou de produtos gráficos (logótipos, papéis de carta). Merecendo a reputação de primeiro designer industrial e primeiro a criar uma cultura de identidade corporativa Esta situação permite-lhe desenvolver a aspirada relação entre arquitectura, desenho e indústria, o que o transforma num dos profissionais mais interessantes na Alemanha desta época. O seu trabalho mais importante para esta empresa foi precisamente um conjunto de edifícios fabris, dos quais se destaca a Fábrica de Turbinas, onde utilizou livremente as novas possibilidades técnicas, acentuando o cont
raste entre o betão enquanto suporte e o vidro enquanto preenchimento. 
Neste período, Peter Behrens contou com a colaboração de Le Corbusier, de Walter Gropius e de Mies van der Rohe, tendo exercido grande influência na formação destes jovens arquitectos.






Entre 1911 e 1912 executou projectos para o edifícios de escritórios da Mannesmann-Rohrenwerke, em Dusseldorf e para a Embaixada Alemã em São Petersburgo.
Após a Primeira Guerra Mundial, entre 1920 e 1924, realizou parte do complexo de edifícios da fábrica de produtos químicos IG-Farben, em Hochst, no qual se salienta o vestíbulo de entrada, coberto por uma cúpula prismática. 
Entre 1922 e 1927 foi director da Academia das Artes de Viena, sucedendo a Otto Wagner. 
Neste ano desenhou uma casa com terraço para integrar a exposição Werkbund, no bairro Weisenhof, em Estugarda. Esta a
ssociação de artesãos ingleses e alemães, era formada pelos arquitetos Hermann Muthesius e Henry van de Velde inspirada nos ideais de Walter Gropius. A Deutcher Werkbund pregava o renascimento das artes industriais a partir de uma colaboração entre designers e engenheiros. Onde apoiavam também a máxima de Gropius que dizia que a forma seguia a função e de que todo o ornamento deveria ser abolido.A Werkbund contribuiu, pela sua indústria, para a reconhecimento internacional da arte e da técnica alemãs, retirando à Grã-Bretanha a liderança industrial mundial. Não se demitindo das prerrogativas produtivistas, a Werkbund queria demonstrar que era possível atingir um elevado nível de qualidade na produção industrial, reconhecendo no design a inteligência e na máquina uma formidável ferramenta de trabalho.





"Na tecnologia eléctrica não se pode mascarar as formas com adições decorativas, porque a tecnologia eléctrica é uma nova área, devemos encontrar formas que representem o novo carácter da tecnologia."

Peter Behrens

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