sábado, 27 de junho de 2009

A Influência da Bauhaus na arquitectura e design franceses

A Bauhaus foi uma escola de artes pláticas, design e arquitectura que nasceu na Alemanha e que se tornou um ícone em todo o mundo. O reconhecido espírito de vaguarda da escola revelava-se nos projectos elaborados no seio da mesma, por alunos submetidos a um tipo de ensino muito específico, especial e também, por si só, vanguardista; desprovido de preconceitos nem condicionantes projectuais.

A escola Bauhaus mostrou e ensinou ao mundo uma tendência minimalista e dotada de

um carácter fortemente funcional. Destacam-se o design simplificado e sintético de objectos,

e na arquitectura o recurso a linhas direitas, ortogonais, baseadas no uso de sólidos puros,

enfatizando a claridade, a grandeza, a amplitude das formas. A influência das características e da forma de “pensar Bauhaus” rapidamente se extendem à Europa, sobretudo ocidental, e aos Estados Unidos da América, registando o seu apogeu no pós-II Guerra Mundial, onde num mundo destruido e arrasado se reconstruram muitas cidades. A partir da década de 1960 Paris (França) tornou-se um pólo importantíssimo de vanguarda ao nível da arquitectura e do design.

Previlegiados, os franceses disfrutaram da fuga de alunos e dirigentes da Bauhaus que sairam da Alemanha após o encerramento forçado da escola pelas mãos de Hitler e que, assim, ensinaram os novos modos de viver, ver e funcionar na sociedade quotidianamente.

No filme “Play Time” que retrata a sociedade francesa dos anos 60 satiriza-se isto mesmo (em

exagero, claro). Encontramos uma adopção exaustiva do conceito de funcionalidade versus simplicidade, o recurso às novas tecnologias e a novos materiais ou técnicas. No entanto, e pegando nas questões que o filme elege, estes conceitos ligados à produção em série de objectos simples e funcionais, assistimos a uma sociedade que se torna também simplificada, mecanizada e repleta de individuos “produidos em série”!, pois todo o fascínio ligado às tendências pós-modernistas se tornou num “moda” e num estatuto; pelo que, as pessoas nos aparecem todas iguais e todos os seus gestos ridiculamente mecanizados e simples e invariavelmente ligados a uma atitude minimalista e. Tal e qual como os seus idifícios que num estilo pós-moderno, ora institucionais, ora habitacionais ou outros se revelam exaustivamente idênticos.

Portanto é de enfatizar que a Bauhaus se revolucionou na “sua época”(ainda que se tenha tornado intemporal!) e é até aos dias de hoje uma referência extremamente importante no modo de fazer arquitectura e design (pós-modernista). A sociedade francesa foi previlegiada por beber de fontes directas, e a sua socidade de 60 retratava isso mesmo, e essa herança perdura até hoje, pois ainda que as tendências se alterem as teoriais mutam, mas perduram.


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