Após o final da II Guerra Mundial (por volta de 1949), a Alemanha encontra-se desestabilizada economicamente.Os Estados Unidos, preocupados com o avanço soviético, lançam o Plano Marshall, para a reconstrução económica da Europa. Procurando reerguer a economia e a identidade do país, a Alemanha retoma o seu interesse pela Bauhaus: símbolo de qualidade, tecnologia, cultura e superioridade. A imprensa local passa a publicar diversos artigos sobre a escola, facto que desperta em Max Bill (ex-aluno da Bauhaus) o interesse em fundar, em 1951, a Hochschule für Gestalting (Escola Superior da Forma) em Ulm. A verba para a criação da escola surgiu através da professora Inge Aicher-Scholl, que conseguiu junto do superintendente americano J.J. McClay uma licença para criar a Fundação Irmãos Scholl, que apoiaria a escola. Além de Max Bill e da senhora Inge Aicher-Scholl, também participaram da fundação da escola os professores Otl Aicher, Max Bense, Hans Gugelot e Tomás Maldonado.
As atividades da escola iniciam-se em 1953, sob a direção de Max Bill, que privilegiava a forma em detrimento da função, da produção e do mercado. As suas ideias contrariavam o corpo docente que buscava uma escola voltada para um design mais tecnológico.
“O renascimento do design alemão se
caracterizou por uma estética puramente
racional, que se converteu na base da
chamada “síndrome da caixa preta”, em
que grande número de produtos, sobretudo
aparelhos de som, eram paralelepípedos
negros.”
Niemeyer, 2000
Braun
Com o tempo as discordâncias internas ultrapassaram os limites da escola e chegaram a público pela imprensa.
Com isso o governo passou a exigir uma reformulação ideológica da escola como condição para obtenção de novos recursos. Contrários a essa idéia, professores e alunos decidiram pelo fim da escola, em 1968.
“A Escola de Ulm votou sua auto-extinção
em 1968, depois de intensos choques com a
ideologia do neocapitalismo alemão.”
Souza, 2000
Assim como a Bauhaus, a escola de Ulm continuou espalhando suas sementes através de ex-professores e alunos, entre eles o brasileiro Alexandre Wollner e o alemão Gui Bonsiepe.
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